O livro antifeminismo de Ana Campagnolo
A trajetória do feminismo e suas reais consequências na história cultural do Ocidente.
Campagnolo (foto: divulgação) e capa do livro: Gabriela Haeitmann/Jean Benner. |
Segundo a editora, a escritora "revê a trajetória do feminismo, confrontando as alegadas motivações e supostas conquistas do movimento com suas reais consequências na história cultural do Ocidente e, em especial, do Brasil.
Vê ameaçada a civilização que nossos antepassados levantaram a peso de ouro e esforço de sangue.
Em vez de adotar a periodização consagrada que divide a história do feminismo em três 'ondas', Campagnolo identifica cinco fases que marcaram o desenrolar desse movimento de traços ideológicos. Essas etapas remontam ao século XV e se estendem até os nossos dias, 'em que se vê ameaçada a civilização que nossos antepassados levantaram a peso de ouro e esforço de sangue'".
Para o tributarista Valério Teixeira, de Belo Horizonte (MG), trata-se de "uma análise histórica, muito bem cuidada, com diversas citações. Pelo viés filosófico, político e psicológico. Desmonta o discurso vitimista e aponta como o feminismo virou apenas um braço da esquerda para a tomada do poder de forma irrestrita e inquestionável."
O movimento feminista virou algo abjeto, despropositado, histérico e odioso.
Satisfeito com a leitura, ele acrescenta: "sempre fui um apoiador das causas femininas, mas o movimento feminista, da forma que se apresenta e comporta nos dias atuais, virou algo abjeto, despropositado, histérico e odioso."
Como bom leitor, Teixeira classifica o livro como "uma leitura na contramão das obras femininas, para que possamos ler o contraponto e termos elementos para decidir como encaramos o feminismo." Constata que a autora "analisa cada onda do feminismo e o disseca. Seus objetivos, suas incongruências, como se apossam de discursos alheios e distorcem os fatos históricos".
Ana Campagnolo é muito clara ao indicar a quem se destina o livro: "Escrevo para toda moça enganada e desiludida com o pensamento revolucionário, para as feministas que o são por conveniência ou, quem sabe, inocência. Escrevo para quem tem dúvida; duvidar é dar uma chance à própria inteligência. Escrevo para quem já desconfia, mas não sabe exatamente o que está errado ou como começar a descobrir". Concluindo, o leitor Valério Teixeira considera o livro "um trabalho científico, contundente".
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