Cresce o número de candidatos com títulos religiosos no nome de urna

Títulos eclesiásticos como pastor, padre e bispo são referências nas candidaturas.

Homem sorridente de mãos erguidas ao púlpito
Líderes religiosos na política - imagem: Wirestock/Freepik.
Segundo os parâmetros do art. 12 da Lei das Eleições nº 9.504/97, todo candidato tem o direito de assumir um "prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente" para se apresentar aos eleitores, com o limite de trinta caracteres.

As eleições federais e estaduais de 2018 tiveram 606 candidatos com títulos religiosos, ao passo que as mesmas eleições em 2022 tiveram um acréscimo de mais 24 candidatos com referências religiosas, totalizando 630 candidaturas, dentre deputados federais e estaduais, senadores e governadores. Os números indicam que o aumento significativo de identificação religiosa na política se deu a partir de 2018 e que, especialmente os cristãos denominados "evangélicos" aumentaram em 128% a participação na política nacional nos últimos 10 anos.

Baseado nas candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um levantamento do Metrópoles mostra as referências cristãs mais utilizadas. No topo estão os títulos de "pastor" ou "pastora", seguidos pelos termos "irmão" ou "irmã", "missionário" ou "missionária", "bispo", "padre" etc. Veja o gráfico:
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