Avon segue cultura do cancelamento e encerra contrato com Jojo Todynho

Com a liberdade de expressão sob ataque, Jojo não se curva à pressão do cancelamento.

Jojo Todynho em campanha publicitária da Avon
Contrato publicitário com a Avon não será renovado - foto: divulgação/AvonBR.
Jojo Maronttinni ou Jojo Todynho, uma figura conhecida por sua autenticidade e personalidade forte, está enfrentando uma nova onda de "cancelamento" após polêmicas que resultaram na perda de um contrato significativo com uma grande marca de cosméticos. Embora marcas como a Avon tenham decidido romper com a cantora, a narrativa em torno do "cancelamento" de Jojo merece uma análise mais equilibrada e sensata

Primeiramente, Jojo Todynho sempre foi uma pessoa autêntica e verdadeira em suas opiniões. Ela não se curva às pressões sociais e não tem medo de falar o que pensa, mesmo que isso desagrade a alguns. Vivemos em uma época em que a liberdade de expressão está constantemente sob ataque, e figuras como Jojo são essenciais para mostrar que é possível ser genuíno, mesmo quando isso gera controvérsia. O cancelamento, nesse contexto, não passa de uma tentativa de silenciar alguém que desafia a hipocrisia e a artificialidade predominante na mídia e na cultura popular.

Cultura antidemocrática
O rompimento de contratos devido à pressão de redes sociais é sintomático de um problema maior: o poder desproporcional que minorias barulhentas têm de influenciar decisões empresariais e corporativas. Ao ceder à cultura do cancelamento, empresas como a Avon estão promovendo uma mentalidade em que qualquer erro, ou mesmo uma opinião impopular, é motivo suficiente para destruir uma carreira. Isso é especialmente preocupante em um país que valoriza a diversidade de pensamento e o direito de expressão.
Sua recusa em se vitimizar diante da situação mostra a força de seu caráter.
Jojo, em suas declarações após o ocorrido, deixou claro que não está preocupada com a perda do contrato e que sua carreira não depende de uma única marca. Sua confiança em si mesma e sua recusa em se vitimizar diante da situação mostram a força de seu caráter. Ela é um exemplo de alguém que não se deixa abater pela pressão externa e continua a seguir seu caminho com a mesma autenticidade que a fez famosa.

É importante destacar que a liberdade de expressão e o respeito pelas opiniões divergentes são pilares fundamentais da sociedade. O cancelamento de Jojo Todynho representa uma ameaça a esses valores. Quando uma pessoa é punida por exercer sua liberdade de expressão, estamos caminhando em direção a uma sociedade onde apenas um tipo de opinião é permitida — e isso é profundamente antidemocrático.

Sociedade plural
Jojo é uma voz importante no debate público brasileiro, e sua postura firme contra o cancelamento deve ser celebrada, não reprimida. Afinal, uma sociedade verdadeiramente pluralista deve ser capaz de lidar com opiniões diversas, mesmo quando são desconfortáveis ou provocativas.

À propósito, acompanhe a opinião da jornalista Madeleine Lacsko, sobre o cancelamento de Jordana Gleise de Jesus Menezes, a conhecida Jojo:
"Autoritários que fingem ser 'progressístes' mas não são, eles são retrógrados!"
"Esse caso é emblemático porque a Jojo Todynho tem 36 milhões de seguidores; é uma moça que veio do nada, lutou com muita dificuldade; uma moça negra, uma moça gorda, se enfiar no meio artístico que é tão elitista, que prima tanto pelo estereótipo da mulher que tem que ser de determinado jeito. Eu sou gorda no meio artístico! Vocês avaliam a dificuldade da Jojo se colocar! Ela supera tudo isso, só que ela não pode ter ideologia política. Porque, ou você segue o lado do bem, que é o lado que esses autoritários que fingem ser 'progressístes' mas não são, eles são retrógrados! Esses autoritários acham o seguinte: que eles têm que mandar no que as minorias pensam" — Madeleine Lacsko, autora do livro "Cancelando o Cancelamento".

Next Post Previous Post

Nenhum comentário