China substitui símbolos religiosos por imagens de Xi Jinping
Relatório denuncia repressão religiosa e troca de símbolos de fé pelo Partido Comunista.
O país chinês sem liberdade religiosa - imagem: Designer/Microsoft. |
Desde 2018, as restrições à liberdade religiosa na China aumentaram significativamente, conforme relatado pela Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF). O governo chinês tem removido símbolos religiosos de igrejas, como cruzes e demais utensílios, substituindo-os por imagens do presidente Xi Jinping e slogans do Partido Comunista Chinês (PCC).
As igrejas também são forçadas a adotar ideologias do PCC durante os cultos, com líderes religiosos pressionados a ensinar essas doutrinas em vez de ensinamentos religiosos tradicionais. Cerimônias de batismo foram interrompidas, e a educação religiosa para crianças foi severamente restringida.
Além de cristãos, a política de "sinicização" ou chinização, que é o mesmo que massificação comunista de Xi Jinping, afeta também outras religiões como o budismo e o islamismo. Práticas que não se alinham aos valores do PCC estão sendo suprimidas, e muitos fiéis agora se reúnem clandestinamente em locais secretos.
Organizações internacionais, como a ChinaAid e a Portas Abertas, relataram o uso de tecnologias de vigilância, como o reconhecimento facial, para monitorar e assediar cristãos. Isso levou muitos fiéis a fugir do país ou realizar cultos em segredo.
Em resposta às denúncias publicadas pelo The Telegraph, que citou o relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), o governo chinês negou as acusações. Um porta-voz da embaixada chinesa em Londres afirmou que o relatório distorce os fatos e incita o confronto ideológico.
A resposta também destacou que a China protege a liberdade religiosa de todos os grupos étnicos, conforme previsto pela lei, e que as alegações feitas pela comissão seriam uma tentativa de manipulação política e difamação das políticas chinesas. No entanto, segundo os relatórios das organizações internacionais, as evidências de repressão continuam a crescer, provocando preocupações internacionais sobre os direitos religiosos na China.
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